domingo, 30 de outubro de 2011

Assédio Moral: você é vítima ou causador?

É invísivel, mas presente em muitas repartições públicas e particulares. O assédio moral ou violência no trabalho é tão antigo quanto o próprio trabalho. Tema de dissertação de mestrado e muito presente nos jornais, a violência resiste firme e forte no mundo do trabalho nos dias atuais. Mas como reconhecer um assédio moral?
Muitas pessoas são vítimas de assédio, mas não sabem disso. A violência é tão presente e tão constante que as pessoas já se acostumaram com isso, e acham normal, que  seu chefe os chamem de abestado, de incompetente, de cavalo e de outros termos que lhe convier no momento. As coisas acontecem com tanta frequência que o grupo acha engraçado e até riem da situação, mas, a pessoa que sofre a violência, fica acuada de tal forma que baixa a cabeça e nada diz, outros ficam vermelho e não aceitam a agressão, respondem, afirma e defendem-se, mas de nada adianta, pois naquele momento a vez é do chefe autocrático e impiedoso.
O perfil do assediador é fácil de identificar, para eles tudo é prioridade, estão sempre repetindo que fazem tudo sozinho e que os outros atrapalham, são pessoas centralizadoras e que não gostam de delegar responsabilidades a ninguém, pois o objetivo é ser o centro das atenções e sempre dizer que resolveu ou vai resolver tudo sozinho. Prendem as informações que são comuns a todos,  para na hora da necessidade extrema, esta pessoa chegar como o salvador da situação e receber um meríto que não é seu, mas de toda a sua equipe. O mais importante! Prende as informações, mas quer saber de tudo, aonde vai, com quem vai e o que está pensando, querem controlar todos os seus passos.
Não consigo entender, como estas pessoas que se dizem temente à Deus, inteligentes e resolutivas não enxergam o mal que causam aos seus colaboradores e a sí própria, pois quem trabalha sobre pressão não consegue produzir o que deveria, e se conseguir não vai querer, pois foi humilhada, ridicularizada, hostilizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos colegas de trabalho, que por sua vez, como medo do desemprego e de serem ridicularizados também, ropem os laços afetivos com o colega, estimulando cada vez mais a individualidade no trabalho.
 As perspectivas são sombrias para quem tabalha num ambiente onde o assédio moral é predominante, a depressão, a angustia e outros danos psíquicos serão a herança deixadas por pessoas que se dizem ser, boa e protetora dos mais fracos.
Talvez seja um exagero de minha parte, mas, se nos reportarmos a história, o Holocausto começou com simples xingamentos e palavrões contra os judeos, em seguida vinheram as leis e depois a barbarie, milhares de pessoas sendo exterminadas por serem inferiores, na visão nazista. E acredite os nazisatas eram intelectuais, religiosos, militantes políticos e outros seguimentos sociais importante, mas isso é história longa.
Nós devemos ficar alerta e não encararmos o assédio como natural. Se aceitarmos isso calado, seremos coniventes e colaboradores para tal violência. Então vamos refletir sobre o problema e tentarmos achar uma solução digna de socialistas que somos. Socialista sim! Pois todos aqueles que lutam contra a injustiça é socialista.
A referência ao Holocausto, é apenas para entendermos que o mal é presente e necessita urgentemente ser discutido para as pessoas se darem conta dos prejuízos ocasionados pela falta de sensibilidade. O mal age em cadeia prejudicando a todos, principalmente quem está lá ponta, o consumidor final. Isso porque a pessoa violentada está magoada e não foi sensibilzada para a importância do seu trabalho na equipe, logo vai atrasar, não por querer! Mas pela desorientação causada pela violência. Atrasando, atrasa quem depende dela, prejudica a equipe, o chefe , o superior do chefe e o superior do superior, prejudica o consumidor e ocasionando um  transtorno geral a todos.
E você o que pretende fazer? Divulgar o texto ou sugerir outras ações para combater o assédio moral?