domingo, 16 de outubro de 2016

A PEC 241/2016 E A SOBERANIA DO POVO BRASILEIRO

 Para iniciar este texto, gostaria de fazer uma pergunta que não quer calar! Se a maioria da população é contra a PEC 241/2016, o que move os nossos representantes deputados e senadores a ficarem contra o povo?
 A PEC 241/2016 é um crime hediondo, como afirma em seu artigo o médico Arruda Bastos. Precisamos ter sensibilidade para entender a situação atual do nosso país. A Saúde, Educação, Segurança  e Assistência Social é um dos problemas mais graves atualmente, no entanto vamos o investimentos sociais? A Saúde está crítica há muito tempo,  a educação nem se fala, e esse eixo é para todos nós a base de sustentabilidade para o desenvolvimento do país.
Controlar gastos é importante para garantir que os recursos públicos sejam melhor empregados para trazer o retorno necessário que a população espera, principalmente para as mais carente.
Vamos reduzir drasticamente a quantidade de deputados federais limitando apenas 2 por estado, que tal? Seria uma redução concreta de gastos importantíssimo para mostrar o comprometimento com o bem estar do país, vamos reduzir os cargos comissionados pela metade sem aumentar o custo atual individual, mantendo os mesmos valores aplicados hoje, vamos reduzir as vagas dos senadores, limitando apenas há uma vaga por estado. Isso é redução real de gastos públicos.
Na Saúde não pode haver limitação de gastos, pois a constituição nos garante que o estado tem a obrigação de garantir a saúde de todos, aparecerá vários processos judiciais, e aí o que fazer? Vamos desobedecer uma ordem judicial, deixar as pessoas morrerem porque um governo ilegítimo quer ser o salvador da pátria para os grandes empresários? Na saúde morre gente todos os dias por falta de atendimentos, por falta de leitos, por falta de UTI's e também por falta de profissionais suficientes para atender a população, e é assim que vamos ajudar as pessoas? Vamos acordar minha gente! O Sistema Único de Saúde - SUS, é uma conquista das lutas do povo, e agora querem acabar com o SUS. Para fundamentar cito,  Drauzio Varella, um dos médicos mais renomados do Brasil, que diz o seguinte, se a PEC for aprovada "Deixaremos grandes massas populacionais desassistidas" e afirma ainda que o objetivo é acabar com o SUS.
A Educação pública nunca foi lá a educação de qualidade que todos os cidadãos esperam e não se pode limitar gastos numa área tão importante para o desenvolvimento de uma nação, pois a educação é o melhor investimento para o país crescer com garantia de solidez. Na área da Educação podemos afirmar que precisamos de mais investimentos, para a capacitação permanente de professores, além de reestruturar as universidades públicas existentes, em fim, não há argumento nenhum que me convença de que a PEC 241/2016 seja necessária para a moralização dos gastos públicos.
O que precisamos realmente é de mais investimentos na Saúde, Educação e Políticas Públicas Sociais que garanta a qualidade no atendimento e diminua os índices de violência, pois o que tá faltando é o investimentos em políticas publicas.
Deputados e Senadores são eleitos para nos representar e ouvir a maioria da população, será um desrespeito aos representados votar a favor da PEC 241/2016! Será que a maioria da população está errada?
A PEC 241/2016 é o assunto do momento, o descontentamento da população é externado pelas redes sociais. Deputados, senadores e seus assessores não estão vendo? A população está mais atenta as mudanças e está procurando se informar mais sobre determinados assuntos, inclusive quais deputados e senadores estão votando pelos seus interesses.
Talvez eu não seja um grande estudioso da área, mas moro na periferia de Fortaleza, já fui Líder Comunitário, Líder Estudantil, Conselheiro de Saúde e estas experiências fizeram de mim, um conhecedor das mazelas da nossa sociedade. Por isso digo não a PEC 241/2016, e eu acredito que agora o gigante vai acordar, as ruas serão tomadas pelos movimentos sociais.

Edilson Almeida é Pedagogo, especialista em saúde publica com ênfase em saúde da família.

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