quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Todos nós temos o nosso tempo!

As vezes fazemos comparações com as pessoas, partindo da premissa de que todos somos iguais e as reações são as mesmas para todos os seres humanos, nos enganomos! Não basta ter a mesma idade ou fazer parte da mesma classe social.
Ao lidarmos com as pessoas temos que levar em consideração não somente alguns aspectos, mas muitos fatores que contribuem para uma mudança de paradgma.
Costumamos fazer afirmação genericamente, colocando todas as pessoas ou grupo de pessoas como sendo iguais. Será que estamos certos ou errados? Provavelmente nós estaremos errados, pois devemos avaliar o contexto em que as pessoas se encontram, além de levar em consideração sua classe social. O que mais se pronuncia é; “ Todos os adolescente são iguais! Todas as mulheres são iguais! Todos os homens são iguais!” entre outras afirmações.
Em especial gostaria de discorrer sobre os adolescentes, já trabalhei com adolescentes e sou pedagogo por formação, motivos pelo quais me sinto a vontade para falar sobre o tema. Em minhas experiências profissionais com adolescentes posso afirmar que há uma heterogeneidade na categoria, talvez o grupo se assemelha pelos interesses e pela fase de desenvolvimento, mas as particularidades são visíveis, quando os comparamos entre classes sociais. Um adolescente da periferia, onde os recursos são excassos, o interesse é trabalhar para conseguir obter o desejo de consumo, ou quando não, acomodar-se e viver do jeito que dá, acordando a hora que se quer misturar-se com outros garotos que se assemelham, não tendo nenhuma perspectiva de futuro. Podemos ainda encontrar adolescentes que tomam a responsabilidade para si e agem como adulto, cuidando do sustento da família ou contribuindo para o mesmo, estudam e trabalham, são pessoas extremamente responsáveis e podemos dizer que, pela conduta se torna adulto antes do tempo. Já um adolescente de classe média, podemos dizer que é um típico adolescente “normal” estuda, birnca e é ativo socialmente, participa de festa na comunidade, se relaciona bem com os seus pares, pensam em melhorar de vida, tentam aproveitar bem as oportunidades e sabem discenir o que é mais proveitoso para si, na maioria das vezes. Nesta classe social, podemos também perceber, uma grande valorização pelo os bens materiais. Os adolescentes de uma classe social mais elevada é uma minoria, mas uma grande maioria de problemas entre eles. São jovens cultos e o grande interesse são as artes, adoram cinemas e shoppings. São jovens que se envolvem muito em confusões por acreditarem que o poder aquisitvo de sua família pode tudo.
Cabe aqui deixar claro que isso são opiniões e que não se aplicam ao conjunto da classe, até mesmo porque, existem outros fatores que os classificam como grupo em cada categoria. A família é parte principal para a formação, mas não podemos esquecer do meio onde os mesmos estão inseridos. A influência não deixa escapar ninguém, uns mais, outros menos, mas a verdade é que todos nós, inclusive nós adultos somos influênciados.
Mas voltando ao tema, todos nós, se não passamos, iremos passar por essas experiências, então podemos, através delas aprender e contribuir para ajudar outras pessoas. 
A complexidade do tema , faz com que fiquemos flutuando por outros temas interligados. Mas isso prova que há uma interdepedência de outros fatores para que possamos chegar ao nosso tempo. 
E esse tempo é diferente para todos nós, por mais que nos falem que devemos pensar no nosso futuro, ou que nos oriente para a tomada de decisão, não adinata! Nesse ponto a grande maioria são céticos querem vivenciar suas próprias experiências para depois poder decidir, se será doloroso, não importa, somente a experiência falará por si. E o que fazer para que essa passagem não seja dolorosa para o jovem e afamília? Talvez o diálogo e a compreensão de todos seja fundamental, para uma passagem saldável. Como adultos e responsáveis, precisamos entender isso, uma boa conversa e fazer com que os jovens assumam a responsabilidade pelo seu erro, isto será a base para uma boa formação da personalidade de um cidadão, crítico, coerente e empático.
Apesar de muitos precisarem desse tempo para se acharem no mundo e encontra a sua posição na sociedade, outros muitos aprendem com os erros dos outros e economizam muitos sofrimentos para si e a família.
Aprender faz parte da descoberta de nosso tempo, e o exemplo é o melhor ensinamento que podemos passar para nossos jovens. 
Precisamos de jovens sádios para dar continuidade ao que começamos. Devemos ser compreensivos e nunca nos esquecermos que já fomos jovens um dia, devemos também estarmos atentos para não cometermos os erros de nossos pais, não sonhando para os nossos filhos oque não conseguimos ser. Precisamos ser uma ponte segura para essa passagem, precisamos ser o apoio para a queda e as decepções, mas, nunca esquecermos de encorajá-los a assumir as consequências de seus atos, ensinando-os as reconhecer o erro e se for o caso ajudando-o a concertar.
O tempo ainda não chegou para muitos, e, não são adolescentes, são adultos que já constituiram família, trabalham e vivem sem medir as consequências dos seus atos. Como esses adultos já constituiram família, e ainda não encontraram o seu tempo, contribuem para a formação de uma sociedade sem rumo ou direcionada ao caos.

É preciso encontrar um meio para trabalhar essas dificuldades e tentar formar cidadãos mais críticos, coerêntes e comprometidos com a formação de uma nova sociedade que valoriza a vida. Qual será a ferramenta ou mecanismo que poderemos usar para nos ajudarmos nessa busca do tempo de cada um de nós. Será que já encontramos o nosso tempo e nos encontramos enquanto cidadãos? Você já se achou no tempo? Se não, espero ter contribuido para uma reflexão válida para esse tempo.